O enfermeiro que cai e se magoa (felizmente sem gravidade) no desempenho das suas funções e sem que tivesse desrespeitado nenhuma regra de segurança que conduzisse ao acidente tem que:
- Mostrar o cartão de utente no secretariado da urgência onde se apresenta depois de terminado o seu turno, mesmo tendo ficha na instituição e dado todos os dados e mais alguns aquando da contratação;
- Perder meio dia de folga no serviço de saúde ocupacional da instituição a preencher impressos;
- Correr atrás da médica que a atendeu na madrugada da véspera (e que se desconhece em que serviço trabalha ou se sequer trabalha na instituição ou vai lá apenas fazer bancos) para que a mesma preencha e assine um impresso, mesmo quando o registo do episódio de urgência está feito de forma completa no sistema informático, incluindo o motivo de recorrência, os sintomas, os exames pedidos e realizados e a terapêutica prescrita;
- E ter paciência para cumprir todos estes requisitos, sob pena de não ficar com o registo de "acidente de serviço" (não tendo direito à assistência respectiva em caso de complicação posterior) e de pagar à instituição todos os custos inerentes.
Serve recordar que a queda foi acidental, sem qualquer culpa do enfermeiro, que se encontrava a trabalhar para a instituição e que, até agora, só teve como ganhos deste processo dor, incómodo e perda de tempo livre e descanso?! Não. É o sistema, dizem.
- Mostrar o cartão de utente no secretariado da urgência onde se apresenta depois de terminado o seu turno, mesmo tendo ficha na instituição e dado todos os dados e mais alguns aquando da contratação;
- Perder meio dia de folga no serviço de saúde ocupacional da instituição a preencher impressos;
- Correr atrás da médica que a atendeu na madrugada da véspera (e que se desconhece em que serviço trabalha ou se sequer trabalha na instituição ou vai lá apenas fazer bancos) para que a mesma preencha e assine um impresso, mesmo quando o registo do episódio de urgência está feito de forma completa no sistema informático, incluindo o motivo de recorrência, os sintomas, os exames pedidos e realizados e a terapêutica prescrita;
- E ter paciência para cumprir todos estes requisitos, sob pena de não ficar com o registo de "acidente de serviço" (não tendo direito à assistência respectiva em caso de complicação posterior) e de pagar à instituição todos os custos inerentes.
Serve recordar que a queda foi acidental, sem qualquer culpa do enfermeiro, que se encontrava a trabalhar para a instituição e que, até agora, só teve como ganhos deste processo dor, incómodo e perda de tempo livre e descanso?! Não. É o sistema, dizem.