Thursday, March 29, 2012

TemPo, mudanÇa, SoNHos, pesaDeLoS e pensaMenTos Em geraL

Não escrevo nada aqui desde Outubro... Parece mentira que tenha passado tanto tempo, embora outras vezes parece que esse tempo se passou noutra vida.
O último post revela uma energia e uma confiança que tenho saudades de sentir. Estava animadíssima por aqueles dias, entusiasmada com as mudanças profissionais por que estava a passar e convencida de que finalmente poderia atingir uma realização profissional diferente, pela qual há tanto tempo ansiava. Não foi assim. A bola é redonda, de facto, e às vezes os árbritos também são parciais.
2012 começou ainda com alguma esperança mas os dias passaram a suceder-se com alguma desilusão à mistura. Aqui estou denovo, algures tentando encontrar um caminho com sentido para mim, numa rota que não foi a que eu escolhi e que me parece cheia de buracos e rasteiras. Há que tentar aproveitar o que ela possa ter de bom para me dar e procurar manter-me à tona. Há dias em que não é nada fácil; há outros em que parece que até sou capaz.
Não quero ser lamechas, não quero dramatizar, mas a verdade é que às vezes apetece mesmo fechar a porta e deixar pendurado um cartaz a dizer "blue mood".
Nem tudo é mau, pois claro, e diz o povo que quando Deus nos fecha uma porta abre uma janela. Nem que seja para a gente se mandar dela abaixo, acrescento eu. A verdadeira pena é que não possamos ter portas e janelas sempre abertas, porque eu sou rapariga para gostar da casa bem arejada.
Coisas muito boas aconteceram também e, de alguma forma, há aspectos da minha vida em que sinto que estou exactamente no ponto em que devia estar, e que me enchem os dias de cor por muito cinzentos que eles possam parecer. E é por isso que, apesar de todas as desventuras por que tenho passado, a verdade é que estou muito muito feliz e esperançada num futuro sorridente.
No meio disto tudo, ontem tive um sonho muito perturbador: sonhei com a minha própria morte. Poderia dizer que foi horrível, mas não foi. Acontecia de repente, numa catástrofe no meio da cidade. E soube que morria porque subitamente tudo ficava branco (branco! e eu que sempre imaginei que seria a escuridão total...) como se estivesse a olhar para um ecrã que perdesse progressivamente a nitidez, até que simplesmente deixei de ter a noção de mim própria, como se me desintegrasse. Pode soar mórbido, mas não foi uma sensação desagradável, apenas estranha, porque tive a noção de que naquele momento deixei de existir. Acordei nesse momento, assustada, claro.
Dei comigo a voltar à memória deste sonho estranho ao longo do dia, até que (vergonhosamente) resolvi procurar o seu significado. Vale o que vale, (que é muito pouco, eu sei), mas dizia assim:
"Sonhar com a própria morte simboliza mudanças, transformações, descobertas e desenvolvimento positivo dentro de si ou na sua vida. Embora o sonho com a própria morte possa provocar sentimentos de medo e ansiedade não é nenhuma causa para alarme e é considerado frequentemente um símbolo positivo. Sonhar com sua própria morte é sinal de que grandes mudanças estão à sua frente. Você está a passar por um recomeço e a deixar para trás o passado. Estas mudanças serão para melhor".

E de seguida uma conversa ao telefone que me levanta o véu de uma hipótese da tão ansiada mudança para melhor (?) mas ao mesmo tempo me deixa muito confusa e paralisada com medo de arriscar, sob pena de me enfiar a 200km/h contra a parede e ficar bem pior do que estou.
Resta-me, para já, aguardar. Mas quero muito acreditar...