Saturday, December 18, 2010

Oh Christmas lights, keep shining on...



Grande banda, grande música, grande vídeo. Um novo clássico de Natal, para mim. Já consta do cd do carro!

Friday, December 17, 2010

Sempre a mesma coisa

No outro dia a J. dizia "há pessoas que teriam de morrer e nascer muitas vezes para se tornarem melhores". Tão verdade...
Eu teria de morrer e nascer muitas mais para aprender a identificar melhor este tipo de pessoas. Mas sou míope. E o meu défice oftalmológico parece ter repercussões emocionais, impedindo-me de perceber antecipadamente o que devia saltar-me imediatamente à vista. Tarefa mais difícil ainda quando a humanidade nestas pessoas é de tal modo pequenina que só mesmo a lupa da desilusão me faz distinguir os contornos da sua mesquinhez.
Há gente muito triste!

Thursday, December 16, 2010

Sometimes only love can save us



When the hardest part is over we'll be here
and our dreams will break the boundaries of our fears.

Simplesmente perfeita.

Dreams and fears

O que se faz, quando se vêem todos os sonhos e projectos comprometidos? Quando aquilo em que se acreditava ser seguro e terno rui subitamente e deixa a descoberto o sabor do sal das próprias lágrimas?
Tenho assistido a algo assim, por estes dias. Imóvel e impotente. Porfundamente triste. Porque eu própria levei um soco no estômago e ainda tenho dificuldade em acreditar que seja verdade.
Esquecemo-nos que somos todos peças de barro. Aparentemente resistentes, mas facilmente quebráveis. As nossas relações e interacções acontecem num contorno tão fino entre o que é de um, de outro e dos dois; o que é considerado uno mas na verdade não é o mesmo...
A comunicação é algo tão elementar mas ao mesmo tempo tão complexo, que pensando nela alterno entre a admiração e o cansaço, por senti-la às vezes como inatingível.
Temo a dimensão de tudo isto. Receio o desmoronar do que tomo como certo porque não conseguiria acordar e adormecer todos os dias se não acreditasse, se não confiasse. Mas vejo outros sonhos abatidos e tremo quando penso na fragilidade dos meus.
Desejo sorte. Tenho esperança. Quero acreditar. Espero estar à altura, sempre que chegar a minha vez.

Novo visual...

... Como eu! Só porque às vezes sabe bem mudar.

Thursday, December 9, 2010

Frase(s) do dia

"A minha cunhada, quando estava grávida, comprou um desses aparelhos [referindo-se ao aparelho digital de avaliação de pressão arterial] porque estava com medo de apanhar diabetes, e eu avaliava e deva sempre normal. Eu fazia força para me enervar e tudo e dava sempre normal. E eu fumo! É estranho..."
Just love my job!

Tuesday, December 7, 2010

Intrigas de Natal

Ora pois que o Natal está aí e a época mais festiva do ano traz, como não podia deixar de ser, novos anúncios de brinquedos. E algo se passa no que a este tópico diz respeito. Senão atentemos nestes dois "antes & depois":





É impressão minha ou a Leopoldina pôs umas maminhas novas e a Popota foi ao Tallon?!

Friday, November 19, 2010

Insólitos Lx



Dramas de vizinhança, expostos no átrio de um bairro lisboeta perto de si.

Suddenly I see



Monday, November 15, 2010

O que ando a cantarolar hoje...




Porque me lembrei disto? Não faço ideia. Mas é provavelmente uma das melhores canções sobre a "dor de corno" (essa problemática que tanta inspiração artística gera) ever made. E eu gosto tanto de a ouvir!

Friday, November 12, 2010

Um personagem singular da cidade de Lisboa

"Chamam-me o Senhor do Adeus, mas eu sou o Senhor do Olá. Aquele que acena no Saldanha, a partir da meia-noite. Tudo isto é solidão? Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias de casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente."
(João Serra, 2008)
Ontem à noite centenas juntaram-se no Saldanha e acenaram a quem passava, numa homenagem espontânea e bonita, de tão simples. Não eram "olás" nem "adeus", mas sentidos "até sempre". Vai sentir-se a falta do Senhor do Adeus.



PROVA ORAL - Fórum Antena 3 - Multimédia RTP

Tuesday, November 9, 2010

Os sons de 2010

Ainda falta um bocado para o final do ano, mas há um balanço que se exige já: o musical. 2010 fica para mim marcado por grandes concertos a que assisti.

Snow Patrol e Muse, Rock in Rio Lisboa

Os Snow Patrol aqueceram a noite para os Muse, interagindo imenso com o público e fazendo desfilar uma serie de canções daquelas que toda a gente conhece de passar na rádio e nem sempre sabe quem canta. A maior parte pode não ser considerada um grande hit, mas é um pop de qualidade, fresco e a antecipar o Verão que aí vinha.



Os Muse... são os Muse. Não falam muito, não inventam, são indiscutivelmente bons. Trouxeram um espetáculo de luz e cor e tocaram aquilo a que nos têm habituado: boa música, do princípio ao fim. Na minha opinião, têm uma sonoridade muito parecida à dos Queen, que os torna especiais sem nunca deixarem de ser originais. Fiquei a gostar ainda mais.


Pearl Jam, Optimus Alive, Algés

Esperei por aquela noite muitos anos. Eles já tinham vindo a Portugal várias vezes, mas eu nunca tinha conseguido vê-los. As expectativas eram grandes, mas foram largamente superadas: no final, ao sair do recinto por entre o pó dos passos de milhares de almas, ainda nem acreditava no que ali se tinha passado.
Aqueles acordes, aquela voz, aquelas letras... Se fechasse os olhos podia estar em qualquer cenário, porque são transversais a tantos momentos, tantas ideias e pensamentos... Keep on rocking in the free world!

U2, Coimbra

Ninguém bate estes senhores! Já os tinha visto em Alvalade, mas ainda assim conseguiram surpreender-me com a dimensão da máquina de magia que transportam consigo um bocadinho por todo o mundo. E é impossível não ficar rendido ao impacto de tudo aquilo, bem como à esmagadora mas ao mesmo tempo tão simples imagem do estádio a cantar em uníssono algumas das canções da minha vida. Serão sempre uma das minhas bandas favoritas e uma das melhores do mundo. Inspiradores. Inesquecíveis, uma vez mais.

Michael Bublé, Lisboa
Foi a surpresa do ano! Adoro ouvir este senhor cantar, a sua voz é tão poderosa que conquista para si qualquer melodia, seja uma das mais clássicas e batidas, seja um dos seus originais.
Mas o que ele deu em Lisboa na passada semana não foi um concerto, foi uma verdadeira festa! Este Sinatra dos tempos modernos pegou em si e nos fantásticos músicos que o acompanham e cantou, dançou, fez stand up comedy, imitou o Michael Jackson e pôs o Pavilhão Atlântico de pé, a rir até às lágrimas, absolutamente suspenso em todo aquele maravilhoso espetáculo até ao último segundo.
Heart breaking. Breathtaking. We want you back!



(E tem mesmo que voltar porque eu estupidamente - como é que é possível?! - esqueci-me de levar máquina. As fotos no telemóvel estão uma porcaria, mas houve quem soubesse eternizar os momentos e publicá-los no youtube. Thank you.).

O passado passa, mas não conta, é chumbo derretido para a estereotipia do amanhã; o futuro, porque futuro, só depois de amanhã pode ser julgado. Adivinhá-lo seria aliciante, pelo menos tanto quanto precipitá-lo é absurdo. Não me eximo à tentação. Se isto não funciona na mesquinhez do quotidiano, o quotidiano nunca mais se altera. Dou comigo a correr sem sair do mesmo sítio.

Ricardo de Saavedra, Os dias do fim

Imagens com cheiro e sabor


Esta cheira a Lisboa e sabe a paelha de marisco.

Monday, June 7, 2010

Say goodbye

Meu querido P.,
Hoje custou-me muito despedir-me de ti. Sabia que ia ser assim, que no último momento iria fraquejar... Mas ainda assim preferia sempre ver-te e passar um pouco de tempo contigo antes de partires.
(Para já) É só um ano, eu sei. Mas um ano sem alguém que faz parte da minha vida há 14 (?) parece demasiado...
Estou muito orgulhosa de ti, sabias? De teres a coragem de ir, de procurares algo melhor, de investires em ti. Sei que vais ter sucesso e desejo-te do fundo do coração toda a sorte. Quero-te lá porque sei que vais estar mais feliz, mas sei que vou sentir muito a tua falta.
Adorei a ideia das fotos! Não haveria melhor forma de quebrar a tensão do momento que se aproximava e, ao mesmo tempo, eternizá-lo entre sorrisos e palhaçadas. Quero aquelas fotos. Como quero que envies muitas outras e muitos e-mails. Fiz-te prometê-lo porque mesmo do outro lado do Atlântico quero sentir que continuas a ser parte da minha vida, tão presente como quando voltávamos da escola de mochila às costas e conversávamos sobre as banalidades que nos enchiam os dias, ou quando passávamos tardes de papo para o ar no areal da Samoqueira.
Tens razão, estamos crescidos. Não sei como isto nos aconteceu! Mas se houve coisas que não mudaram, entre elas está a inesgotável ternura que sinto por ti. Gosto muito de ti. Gosto tanto de ti como talvez não gostaria de um irmão.
Por isso no meu abraço apertado seguem tantas emoções, recomendações, recordações e saudades. Lamechices, eu sei. Mas sabes como são as miúdas!
Porta-te menos mal, sff.

Saturday, May 29, 2010

Tempo

O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.
E eu não tenho tempo para nada!

Tuesday, February 9, 2010

Invictus

Clint Eastwood deixa uma marca inconfundível em tudo o que faz, mesmo quando não aparece no grande ecrã. Morgan Freeman é um Mandela notável, num papel que só ele podia representar. Matt Damon, apesar de nunca ter sido dos meus preferidos, é sem dúvida um dos mais perfeitos actores da sua geração, e veste a pele de Pienaar da forma mais credível possível.
Um grande filme pela genialidade dos protagonistas, quer os cinematográficos quer as personalidades que representam, e acima de tudo pela história que conta.
Absolutamente inspirador.



I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

(William Hernest Henley)

Monday, February 1, 2010

Contemplação


A foto, a memória de um domingo perfeito ou só as saudades que sinto de ti?

Sunday, January 31, 2010

Dia de jogo

Sou benfiquista. Porquê? É talvez daquelas coisas que não se explicam. A simpatia pendeu para ali, a influência paterna certamente também ajudou e, assim, não sendo "uma doente", a verdade é que o clube do meu coração é o Glorioso.

Ontem fui ao estádio e dei comigo a pensar o quanto um jogo de futebol, à semelhança de poucos outros eventos, traz consigo momentos de pura sintonia.

É absolutamente fantástico ter milhares de pessoas unidas pelo mesmo fio condutor, gritando as mesmas palavras de ordem, cantando as mesmas letras, tendo o olhar vidrado no mesmo acontecimento. Cada um vive à sua maneira, ao seu ritmo, com a sua intensidade, mas de alguma forma paira ali uma aura de comunhão indescritível.

Por 90 minutos, as bancadas transformam-se em palco de irmandade, os estranhos são companheiros unidos pelo mesmo desejo, movidos pela mesma ambição, tomados pela mesma paixão.

Ouvir o nome do meu clube gritado por 52 mil pessoas tem impacto. Comove. Ver um estádio inteiro vestido de vermelho, cantando, agitando cachecóis, fazendo ondas humanas e gritando gooooooooooooooooooooooooooloooooooooooooooooooooooo, de pé, até a garganta doer e o coração parecer saltar pela boca, é arrepiante. É o verdadeiro inferno da Luz.

E mesmo no momento mais duro, que é assistir ao golo do clube adversário, que é admitir a inferioridade, a fragilidade, a má jogada, há apenas breves momentos de silêncio (em que cada adepto digere amargamente o que acabou de ver) e o desânimo não dura mais que uns 15 segundos, até que todo o estádio torne a gritar, ainda mais orgulhosamente, pelo seu Benfica.

Ontem saí do estádio feliz, de braço dado com o meu pai, na noite fria, entre os comentários das pessoas que dispersavam, de volta às suas casas e às suas vidas, na sequela de uma vitória.

Outros dias houve em que saímos desanimados, com derrotas ou empates. Mas não há nada a fazer, de facto. Ser de um clube não é uma escolha racional: o nosso é sempre o melhor do mundo, mesmo quando perde por muitos.

Ser do Benfica é apenas ter na alma a chama imensa. E é algo que não se deixa de ser, como dizia outro alguém, “até morrer”.

Friday, January 29, 2010

Porque fazem greve os enfermeiros?


A Enfermagem obteve o grau de licenciatura há cerca de uma década. Desde então, os enfermeiros são provavelmente os profissionais de saúde que mais têm investido em formação, sendo evidente não só a forte aposta em formação contínua, de carácter predominantemente teórico-prático, mas também um crescente desenvolvimento em termos académicos, com um grande aumento da frequência de mestrados e doutoramentos, bem como a execução de trabalhos de investigação.
Assim, ser enfermeiro significa cada vez mais ser um profissional altamente diferenciado, cuja prática implica uma grande responsabilidade, num contexto onde se pretende rigor, cientificidade, humanização e qualidade. Pelo que se torna evidente a sua importância no sistema nacional de saúde.
No entanto, e apesar de um notável percurso de desenvolvimento profissional, a Enfermagem não vê reconhecido o seu real valor ao ser sucessivamente adiada a actualização da remuneração dos seus profissionais, bem como da carreira em si.
Os enfermeiros não estão em greve para reinvindicar uma diminuição da excessiva carga horária a que estão sujeitos, não exigem o pagamento de horas extraordinárias, não estão a solicitar que o tempo e dinheiro que dispensam em formação profissional lhes seja de alguma forma ressarcido, não pedem benefícios ou privilégios, não falam sequer dos riscos a que se sujeitam diariamente ou do quão desgastante é a sua profissão, não estão a discutir as políticas institucionais que tantas vezes os desvalorizam funcionalmente e os remetem para o lugar de meros executantes...
Por muitas queixas que tenham, desta vez os enfermeiros estão em greve apenas para reivindicar que o pagamento do seu trabalho seja equivalente ao pagamento que o Estado faz a todos os outros licenciados. Apenas porque não há razão para que dois profissionais com o mesmo nível de formação sejam pagos de forma diferente quando trabalham para a mesma entidade.
É, no fundo, uma questão de justiça para com uma classe que tem sido sucessivamente tratada como secundária. Os enfermeiros, como qualquer outro grupo profissional, merecem ter uma carreira que lhe permita crescer e projectar um futuro; merecem ver o seu empenho e esforço recompensados e valorizados; e merecem a actualização do seu salário de acordo com a sua formação, diferenciação e responsabilidade... O que não pode corresponder a menos 500-600 € do que um professor ou técnico superior de saúde. Não que eles ganhem demais; nós é que somos verdadeiramente mal pagos.
Os enfermeiros estão em greve porque não são um grupo de caridosos benfeitores que fazem pensos e "sabem dar" injecções, mas antes um grupo de profissionais sérios, que prestam cuidados imprescidíveis, e precisam ser considerados como tal.

Tuesday, January 19, 2010

Haiti

As imagens sucedem-se. Todos vêem, todos sentem alguma coisa, à sua maneira. Não acredito na distância nem na indiferença perante a dimensão de uma tragédia como esta. E, perante os jornais e reportangens, mais do que o choque ou a tristeza, o que cresce em mim é o impulso de ir. Ir, apenas. Chegar, fazer algo mais do que um donativo. Usar as minhas mãos e o que sei fazer em prol de um bem tão maior.
Caramba, como me custa não poder!