Thursday, May 28, 2009

À minha maneira

Ligo o leitor da sala e já há um cd lá dentro: Xutos. É do meu pai. Resolvo ouvir um bocado e... Cá está! Como é que eu nunca ouvi devidamente esta letra?! É isto mesmo. É este o espírito de que preciso para enfrentar os próximos dias.

Já sei que hei de arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão voltar
À minha maneira

O Sol chegou finalmente

O Sol chegou e acordou todos os insectos. Esvoaçam e tecem as suas teias, colam-se às paredes brancas e às peles transpiradas.
A cidade sufoca. As ruas estão desertas depois do almoço e as paredes caiadas das ruas estreitas cegam. O calor abafa, o corpo é atraído para o areal que escalda a planta dos pés e contrasta com a água ainda gelada. A gaivota atrevida delicia-se com as cerejas dos mais distraídos e patrulha o espaço que, afinal, é seu.
Quando o dia termina e a noite cai abre-se a janela de par em par. Ela fecha os olhos e escuta: ouve-se o mar.