Friday, November 19, 2010

Insólitos Lx



Dramas de vizinhança, expostos no átrio de um bairro lisboeta perto de si.

Suddenly I see



Monday, November 15, 2010

O que ando a cantarolar hoje...




Porque me lembrei disto? Não faço ideia. Mas é provavelmente uma das melhores canções sobre a "dor de corno" (essa problemática que tanta inspiração artística gera) ever made. E eu gosto tanto de a ouvir!

Friday, November 12, 2010

Um personagem singular da cidade de Lisboa

"Chamam-me o Senhor do Adeus, mas eu sou o Senhor do Olá. Aquele que acena no Saldanha, a partir da meia-noite. Tudo isto é solidão? Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias de casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente."
(João Serra, 2008)
Ontem à noite centenas juntaram-se no Saldanha e acenaram a quem passava, numa homenagem espontânea e bonita, de tão simples. Não eram "olás" nem "adeus", mas sentidos "até sempre". Vai sentir-se a falta do Senhor do Adeus.



PROVA ORAL - Fórum Antena 3 - Multimédia RTP

Tuesday, November 9, 2010

Os sons de 2010

Ainda falta um bocado para o final do ano, mas há um balanço que se exige já: o musical. 2010 fica para mim marcado por grandes concertos a que assisti.

Snow Patrol e Muse, Rock in Rio Lisboa

Os Snow Patrol aqueceram a noite para os Muse, interagindo imenso com o público e fazendo desfilar uma serie de canções daquelas que toda a gente conhece de passar na rádio e nem sempre sabe quem canta. A maior parte pode não ser considerada um grande hit, mas é um pop de qualidade, fresco e a antecipar o Verão que aí vinha.



Os Muse... são os Muse. Não falam muito, não inventam, são indiscutivelmente bons. Trouxeram um espetáculo de luz e cor e tocaram aquilo a que nos têm habituado: boa música, do princípio ao fim. Na minha opinião, têm uma sonoridade muito parecida à dos Queen, que os torna especiais sem nunca deixarem de ser originais. Fiquei a gostar ainda mais.


Pearl Jam, Optimus Alive, Algés

Esperei por aquela noite muitos anos. Eles já tinham vindo a Portugal várias vezes, mas eu nunca tinha conseguido vê-los. As expectativas eram grandes, mas foram largamente superadas: no final, ao sair do recinto por entre o pó dos passos de milhares de almas, ainda nem acreditava no que ali se tinha passado.
Aqueles acordes, aquela voz, aquelas letras... Se fechasse os olhos podia estar em qualquer cenário, porque são transversais a tantos momentos, tantas ideias e pensamentos... Keep on rocking in the free world!

U2, Coimbra

Ninguém bate estes senhores! Já os tinha visto em Alvalade, mas ainda assim conseguiram surpreender-me com a dimensão da máquina de magia que transportam consigo um bocadinho por todo o mundo. E é impossível não ficar rendido ao impacto de tudo aquilo, bem como à esmagadora mas ao mesmo tempo tão simples imagem do estádio a cantar em uníssono algumas das canções da minha vida. Serão sempre uma das minhas bandas favoritas e uma das melhores do mundo. Inspiradores. Inesquecíveis, uma vez mais.

Michael Bublé, Lisboa
Foi a surpresa do ano! Adoro ouvir este senhor cantar, a sua voz é tão poderosa que conquista para si qualquer melodia, seja uma das mais clássicas e batidas, seja um dos seus originais.
Mas o que ele deu em Lisboa na passada semana não foi um concerto, foi uma verdadeira festa! Este Sinatra dos tempos modernos pegou em si e nos fantásticos músicos que o acompanham e cantou, dançou, fez stand up comedy, imitou o Michael Jackson e pôs o Pavilhão Atlântico de pé, a rir até às lágrimas, absolutamente suspenso em todo aquele maravilhoso espetáculo até ao último segundo.
Heart breaking. Breathtaking. We want you back!



(E tem mesmo que voltar porque eu estupidamente - como é que é possível?! - esqueci-me de levar máquina. As fotos no telemóvel estão uma porcaria, mas houve quem soubesse eternizar os momentos e publicá-los no youtube. Thank you.).

O passado passa, mas não conta, é chumbo derretido para a estereotipia do amanhã; o futuro, porque futuro, só depois de amanhã pode ser julgado. Adivinhá-lo seria aliciante, pelo menos tanto quanto precipitá-lo é absurdo. Não me eximo à tentação. Se isto não funciona na mesquinhez do quotidiano, o quotidiano nunca mais se altera. Dou comigo a correr sem sair do mesmo sítio.

Ricardo de Saavedra, Os dias do fim

Imagens com cheiro e sabor


Esta cheira a Lisboa e sabe a paelha de marisco.