Sunday, January 20, 2008

"Sometimes you love... and you learn... and you moove on. And that's ok."

A desilusão e a frustração são, às vezes, importantes motores das pessoas, tem piada. E não raramente o "desamor" nos move com tanta intensidade como o amor... ou os sentimentos com os quais o confundimos.
A sensação da rejeição, o desapontamento, a dor crónica da memória da traição ficam para sempre guardados em nós como cicatrizes de feridas antigas que, tendo demorado mais ou menos tempo para encerrar, nunca desaparecerão, mostrando-nos a cada momento que as revisitamos o quanto foi doloroso... Mas impelem-nos também para seguirmos em frente e não nos prendermos ao passado, a lutar contra o medo de o vermos repetido apenas num tempo e lugar diferente.
E assim o mundo continua a girar e temos que o acompanhar, porque ele nunca pára para se concertarem corações partidos ou refazermos o puzzle das nossas vidas que alguém fez o favor de desmanchar. E a reconstrução pode ser tão melhor que passemos a acreditar que, desta vez, teremos o final feliz que merecemos.


I wish you bluebirds in the spring
To give your heart a song to sing
And then a kiss, but more than this
I wish you love


And in July a lemonade
To cool you in some leafy glade
I wish you health
But more than wealth
I wish you love


My breaking heart and I agree
That you and I could never be
So with my best
My very best
I set you free


I wish you shelter from the storm
A cozy fire to keep you warm
But most of all when snowflakes fall
I wish you love



(Rachael Yamagata)

Monday, January 14, 2008

Histórias para não adormecer

Um livro para todos lermos, nos envergonharmos da pequenez da maioria dos nossos problemas e ganharmos força para lutarmos pelas nossas causas pessoais, mas também por causas que são de todos nós, enquanto pessoas: "Histórias para não adormecer: relatos dos voluntários da AMI em diversos pontos do mundo".
Porque a vontade de partir para uma missão de voluntariado algures na mãe-África vive em mim há muito tempo e por mil e um outros motivos, houve muitas histórias que me chocaram, me emocionaram e me marcaram... muitos relatos que me deram que pensar...
Destaco aqui um excerto de um texto do prórpio Fernando Nobre (fundador da AMI), retirado de um diário de missão num campo de refugiados ruandeses, campo de exposição da miséria e crueldade humanas. Porque todos podemos fazer a diferença individualmente e mudar pequenos mundos com os nossos pequenos gestos, mas não podemos deixar de nos sentir impotentes perante a imensidão que continuamos sem conseguir mudar... e a passividade de quem o poderia fazer e não faz.
"Acuso os corruptos instalados em todos os continentes, assim como os altos responsáveis das grandes potências, sobretudo dos cinco permanentes no Conselho de Segurança da ONU, os altos responsáveis da ONU (e suas agências), da NATO, da UEO, da União Europeia, de serem co-responsáveis directos de todas essas chacinas. São eles os agentes permissivos das chacinas e da corrupção, pela falta de coragem e de vontade na resolução das crises; são eles também os agentes de morte pela venda de armas, causa de todas essas misérias. Eles vivem dessas misérias, das reuniões múltiplas e inúteis, que lhes garantem viagens e salários vergonhosos, onde se "tomam" decisões que se sabe de antemão que não são tomadas para serem aplicadas mas para ganhar tempo e enganar a opinião pública internacional que, na sua maioria, se deixa cegar e adormecer. Muitas vezes, por puro comodismo, são esses "grandes" senhores, estrategas da miséria e das catástrofes, que, de reunião em reunião, de "cocktail" em "cocktail", dissertam sobre as soluções sem nunca terem vivido e compreendido - porque não lhes interessa - as tragédias que provocam conscientemente, por cinismo, ou inconscientemente, por cobardia ou incompetência.
Há que repensar todo o circuito das decisões a nível internacional. Há que moralizar e pôr uma ética nas relações internacionais, única forma de evolução positiva da humanidade. Os ditadores corruptos e assassinos têm que ter a certeza absoluta de que certos comportamentos serão punidos. (...)
Porque penso que a humanidade tem a capacidade de resolver todas estas questões e todas aquelas que se apresentarem, apelo a um reforço de solidariedade entre os povos baseada na ética humanista. Será uma utopia?"
Será?

Sunday, January 13, 2008

10 motivos para sorrir... sempre!

1. Ver fotos antigas e recordar os momentos em que foram tiradas.
2. O nascer e o pôr do Sol.
3. Acordar e descobrir que ainda é cedo e posso dormir mais um pouco.
4. O conforto da lareira em dias frios ou de chuva.
5. Um abraço apertado dado no momento certo.
6. Um mergulho no mar, vista de mar, sabor a mar, cheiro a maresia, ruído de ondas...
7. A companhia de um bom livro.
8. Um sorriso ou gargalhada sinceros.
9. A música, em todas as situações.
10. Momentos de cumplicidade e partilha.

Tuesday, January 1, 2008

@2008

É o primeiro dia do ano. Dia de alegria, de excessos, mas sobretudo de esperança. Há quem peça desejos, quem faça promessas... sempre com vista a uma vida melhor nos próximos 3oo e tal dias que aí vêm.
É dia mundial da paz e esta é também uma época em que, cada um à sua maneira, tentamos construir a nossa paz interior, fazemos balanços, tomamos decisões e gostamos de nos rodear dos que mais amamos.
Trabalhei hoje de manhã. Apesar das poucas horas de sono e do cansaço acumulado quis começar o ano com um sorriso nos lábios e tentar levar àquelas que iniciam 2008 com pouca saúde alguma alegria e energia positiva.
Não parece, no entanto, um bom pronúncio a forma como chego a casa: esgotada! Foi um turno muito difícil, pesado, desgastante, longo... Porque um ano terminou e outro começou sem que estivessem asseguradas as mínimas condições para se prestarem cuidados de qualidade naquele serviço. Falta roupa, falta material, faltam recursos humanos... Sobra boa vontade... mas já nem essa tapa todos os buracos que vão ficando abertos.
Há, no entanto, que agradecer a doentes e famílias que, apesar de terem tido uma enfermeira em constante movimento e com tão pouco tempo para lhes dedicar de cada vez, foram pacientes, compreensivos e calorosos... E às colegas, porque fomos uma verdadeira equipa!
Temos um ano inteiro pela frente e melhores dias virão! Entretanto, obrigada por não me deixarem esquecer porque é que insisto em fazer desta a minha vida...