Friday, September 18, 2009

Bússola eleitoral

Há que fazer este exercício. Dá que pensar e os resultados podem ser, por vezes, surpreendentes. O meu foi!

Acertar com a vida...

"Bem sei que há trolhas escritores,
de trato estucadores e serventes poetas;
e poetas que são verdadeiros pedreiros das letras.
E canta em arte genuína o pescador humilde,
a varina modesta;
e tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.

Por não fazer o que mais gosto
eu canto com desgosto, farto de aqui estar;
e algures sei que alguém mal disposto
ocupa o meu lugar.
Ninguém está bem com o que tem...
é sempre o que vem que nos vai valer;
porém quase sempre esse alguém não é quem deve ser.

E é a mudar que vos proponho!
Não é um poço medonho em negras utopias;
é tão simples como mudarem de posto na telefonia.
Proponho que troquem convosco e acertem com a vida!"

Canção ao lado, Deolinda

Deolinda



Esta nova banda é, para mim, uma das mais originais do panorama musical português da actualidade. O cd é uma sucessão de agradáveis surpresas, numa combinação inteligente da sonoridade do fado e da música popular portuguesa com apontamentos de modernidade.As letras, por seu lado, estão repletas de conteúdo, situando-se algures entre o sentido, o divertido e o irónico, mas sempre longe da lista de rimas vazias que tantos autores publicam.

Thursday, September 17, 2009

O meu Alentejo


Aqui ouviste histórias, descobriste espaços, cores, cheiros e paisagens da menina pequenina que por aqui cresceu... E foi tão bom reencontrar contigo estes pedaços do meu caminho!

Thursday, September 3, 2009

A morte, sempre a morte

A morte invisível e a morte que se antevê.
A morte que quase se deseja perante sofrimentos sobrehumanos, esperada durante 5 meses e que acontece quase inesperadamente, na véspera de um dia que marcava uma mudança na vida.
A morte que choca e comove. Lenta, de um corpo que parece já cadáver e que acolhe uma mente que tristemente desconhece tantas razões.
A morte dolorosa, cuja dor se alivia, numa intervenção que orgulhosamente a transforma num momento sereno e, assim, mais digno.
Antes, durante, depois... As dúvidas, as incertezas, o sentimento de impotência (ainda, porventura sempre). A reflexão nesse momento único, impessoal, intransmissível e irrepetível.
Quando eu morrer, gostava de dar por isso, mas sem dor. E mais ainda: antes de morrer, gostava que me deixassem saber porquê.