Tuesday, January 25, 2011

Votar sim. Sempre. Mas em quem?

Portugal foi a votos no passado domingo. Mera formalidade, pois todos sabíamos quem ia ganhar e facilmente antecipamos que os próximos anos serão muito difíceis independentemente de quem seja o Presidente da República. É a conjuntura, dizem.
Mas, ainda assim, levo muito a sério este direito e dever (e que mais chavões lhe queiram chamar): o meu voto. E não consigo compreender aqueles que, por decisão antecipada, optam por não votar. Os que não votam "porque não" ou "porque não muda nada", que se desresponsabilizam e demitem completamente do seu papel de cidadão.
Compreendo que todos estejamos desiludidos com a classe política, completamente descredibilizada perante as promessas incumpridas que se acumulam, os jobs, a corrupção, as medidas que nos limitam a vida do dia a dia e nos comprometem as esperanças de futuro... Mas não votar não pode ser opção.
Assim como querer votar e ver-se impedido de o fazer por motivos burocráticos, tem tanto de vergonhoso como de lamentável.
Eu votei, no domingo. Em branco. Foi a minha maneira de dizer: estou aqui, faço questão de votar mas nenhum de vocês me serve. Não vos escolho. E comigo foram 200 mil. É um protesto silencioso, é certo. Mas é uma forma válida de protestar.

2 comments:

Andreia said...

Os abstencionistas cansam-me...

Sempre com a mesma desculpa para não votarem...

Como diria a menina num dos "tesourinhos deprimentes": "calem-se só um bocadinho..."

@na said...

Ai eu n me lembro nada desse tesourinho deprimente... Lol