Thursday, September 3, 2009

A morte, sempre a morte

A morte invisível e a morte que se antevê.
A morte que quase se deseja perante sofrimentos sobrehumanos, esperada durante 5 meses e que acontece quase inesperadamente, na véspera de um dia que marcava uma mudança na vida.
A morte que choca e comove. Lenta, de um corpo que parece já cadáver e que acolhe uma mente que tristemente desconhece tantas razões.
A morte dolorosa, cuja dor se alivia, numa intervenção que orgulhosamente a transforma num momento sereno e, assim, mais digno.
Antes, durante, depois... As dúvidas, as incertezas, o sentimento de impotência (ainda, porventura sempre). A reflexão nesse momento único, impessoal, intransmissível e irrepetível.
Quando eu morrer, gostava de dar por isso, mas sem dor. E mais ainda: antes de morrer, gostava que me deixassem saber porquê.

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